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1.
Rev. bras. saúde matern. infant ; 10(1): 39-49, Jan.-Mar. 2010. tab, ilus
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-550744

RESUMO

OBJETIVOS: conhecer a duração do aleitamento materno (AM) total e os determinantes associados à sua interrupção segundo perfis de reprodução social das famílias (formas de trabalhar e viver), fundamentados na teoria da determinação social do processo saúde-doença. MÉTODOS: estudo transversal conduzido em uma amostra de 261 crianças menores de dois anos, residentes em Itupeva, São Paulo, Brasil. A partir de uma base teórico-metodológica-operacional compuseramse três grupos sociais homogêneos (GSH) segundo semelhantes formas de trabalhar e de viver. A duração do AM total foi estimada com a técnica de tábuas de vida. O teste de Wilcoxon foi empregado para identificar associação entre as variáveis categóricas na análise bivariada. Para análise múltipla, as variáveis associadas com a duração mediana do AM (p<0,20) foram inseridas num modelo de Regressão de Cox. RESULTADOS: as medianas de aleitamento materno para os 3 GSH foram 6,7 meses, 7,1 meses e 9,9 meses, sem diferença estatística significante (p=0,31). O modelo de análise múltipla selecionou como significante as variáveis: ordem de nascimento (p=0,018), uso de chupeta (p<0,001) e uso de mamadeira (p<0,001). CONCLUSÕES: não foi constatada associação entre duração do AM e os grupos sociais estudados. Entretanto, não há como se desconsiderar a relevância dos determinantes sociais nas ações de promoção do AM, que necessariamente devem incluir esclarecimentos sobre os efeitos prejudiciais do hábito de oferecer chupetas e mamadeiras.


OBJECTIVE: based on the theory of social determination of the health-disease process, the objective of this study was to know the duration of overall breast feeding and the factors associated with its interruption, according to the social reproduction profiles of the families (ways of living and working). METHODS: this is a cross-sectional study carried out with a representative sample of 261 children under two years of age, living in Itupeva city, Sao Paulo, Brazil. From a theoretical-methodologicaloperational basis, three social homogeneous groups (GSH) were established, according to similar conditions of working and living. Overall breast feeding duration was calculated from survival tables. Variables with p<0.20 in bivariate Wilcoxon test were then introduced in multiple Cox Regression model in order to find associated aspects to the breast feeding duration. RESULTS: the breast feeding duration medians of the 3 GSH were 6.7 months, 7.1 months and 9.9 months, with no statistically significant difference (p=0.31). The multivariate analysis showed that the sequence of birth (p=0.018), pacifier use (p<0.001) and bottle-feeding (p<0.001) were associated to the interruption of breast feeding. CONCLUSIONS: there was no association between breast feeding duration and the social groups studied. However, the social determinants on breast feeding duration should be considered in actions that promote breast feeding. These actions also need to include information about harmful effects to the duration of breastfeeding when offering pacifiers and bottle-feedings.


Assuntos
Humanos , Criança , Aleitamento Materno , Condições Sociais , Grupos Populacionais
2.
Rev Lat Am Enfermagem ; 16(2): 245-51, 2008.
Artigo em Inglês | MEDLINE | ID: mdl-18506343

RESUMO

This study assessed the relationship between anemia in infancy and the social reproduction profile of the families. It was conducted with a representative sample of 254 children of the city of Itupeva, SP. Hemoglobin < 11 g/dL, determined by portable hemoglobin analyzer, was used to define anemia. Profiles of social reproduction had been built by 2 groups of indicators: working and living conditions. Three social homogeneous groups had been defined: upper, intermediate, lower. Anemia was prevalent in 41.7%, and more frequent in lower social groups (13.2%; 40.6%; 46.2%), but with no significant difference (p>0.05). However, profile of social reproduction of anemic families showed significant difference (p<0.05). Occurrence of anemia was related to poor working conditions in lower social groups and consequently inappropriate living conditions.


Assuntos
Anemia/epidemiologia , Criança , Estudos Transversais , Feminino , Humanos , Masculino , Fatores Socioeconômicos
3.
Rev. latinoam. enferm ; 16(2): 245-251, mar.-abr. 2008. tab
Artigo em Inglês, Espanhol, Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: lil-483078

RESUMO

This study assessed the relationship between anemia in infancy and the social reproduction profile of the families. It was conducted with a representative sample of 254 children of the city of Itupeva, SP. Hemoglobin < 11g/dL, determined by portable hemoglobin analyzer, was used to define anemia. Profiles of social reproduction had been built by 2 groups of indicators: working and living conditions. Three social homogeneous groups had been defined: upper, intermediate, lower. Anemia was prevalent in 41.7 percent, and more frequent in lower social groups (13.2 percent; 40.6 percent; 46.2 percent), but with no significant difference (p>0.05). However, profile of social reproduction of anemic families showed significant difference (p<0.05). Occurrence of anemia was related to poor working conditions in lower social groups and consequently inappropriate living conditions.


Se evaluó como la anemia infantil se relaciona con las formas de reproducción social. El estudio fue desarrollado en una muestra representativa de 254 niños que vivían en Itupeva, SP. Para definir la anemia se usó el nivel de Hemoglobina<11g/dL, determinada por un medidor de hemoglobina portátil. Se construyeron perfiles de reproducción social a través de 2 conjuntos de indicadores: formas de trabajar y formas de vivir. Se definieron 3 estratos sociales homogéneos: superior, intermedio e inferior. La prevalencia para la anemia fue de 41,7 por ciento, siendo de mayor frecuencia en los estratos inferiores (13,2 por ciento; 40,6 por ciento; 46,2 por ciento), no presentando diferencia estadística (p>0,05). El perfil de reproducción social en las familias de pacientes anémicos, mostró diferencia significativa (p<0,05). La presencia de anemia en los estratos inferiores, estuvo asociada a las condiciones precarias de trabajo; siendo una consecuencia para las inadecuadas condiciones de vivir.


Este estudo avaliou como a anemia infantil se relaciona com as formas de reprodução social das famílias. Foi desenvolvido em amostra representativa de 254 crianças. residentes em Itupeva, SP. Hemoglobina <11g/dL, determinada em hemoglobinômetro portátil, foi utilizada para definir anemia. Construiu-se perfis de reprodução social com 2 conjuntos de indicadores: formas de trabalhar e formas de viver. Definiu-se 3 estratos sociais homogêneos: superior, intermediário, inferior. A prevalência de anemia foi de 41,7 por cento, sendo mais freqüente nos estratos inferiores (13,2. 40,6 e 46,2 por cento), mas sem diferença estatística (p>0,05). O perfil de reprodução social das famílias dos anêmicos mostrou diferença significativa (p<0,05). Observou-se que a ocorrência da anemia atrelou-se às precárias formas de trabalhar dos estratos sociais inferiores e, conseqüentemente, inadequadas formas de viver.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Pré-Escolar , Criança , Anemia/epidemiologia , Grupos Populacionais
4.
Rev. paul. enferm ; 27(1): [10-17], jan.- mar. 2008. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-755339

RESUMO

Anemia em criança representa grave problema de saúde em razão elevada prevalência e dos danos decorrentes. Estudou-se a relação entre consumo de alimentos fontes de ferro e níveis de hemoglobina. Informações sobre consumo alimentar de menores de 2 anos foram obtidas segundo grupos de alimentos e frequência de consumo. Hemoglobina (Hb) foi utilizada para definir anemia (HB < 11 g/dl), que afetava 41,7% das crianças. Consumo de leite de vaca pormenores de 6 meses e de laranja por maiores de 12 meses associaram-se menor e maior média de hemoglobina, respectivamente. Assim, reitera-se a importância do aleitamento materno exclusivo até os 6 meses e a consecutiva introdução de alimentos complementares quali- quantitativamente adequados , especialmente alimentos fontes de ferro e facilitadores de sua absorção.


Anemia in children is a severe health problem because its prevalence high and it is associated with adverse outcomes. This study assesses the relationship between hemoglobin concentration and consumption of iron-rich foods. Data about food consumption were obtained from children under 2 years old. Hemoglobin (HB) was used to define anemia (Hb < 11 g/dl). Prevalence of anemia was 41,7%. Consumption of cow’s milk by children under 6 months and orange by children who were older than 12 months was associated with the lowest and highest means of Hb, respectively. The results point out the importance of exclusive breastfeeding until 6 months and the necessity of qualitatively and quantitatively appropriate complementary food, after this age, especially the consumption of iron-rich foods and foods which increase the iron absorption.


La anemia em niños representa um grave problema de salud debido a elevada prevalência y a los daños decorrentes. Se estudió la relación entre consumo de alimentos fuente de hierro y niveles de hemoglobina. Informaciones del consumo alimentar de menores de 2 años fueron obtenidas según grupos de alimentos y frecuencia de consuno. Hemoglobina (Hb) fue utilizada par adefinir anemia (Hb < 11 g/dl), que afectaba el 41,7% de los niños. Consumo de eleche de vaca pormenores de 6 meses y de naranja por mayores de 12 meses se associo com menor y mayor media de Hb, respectivamente. Así, se reitera la importância de la lactancia exclusiva hasta los 6 meses y la consecutiva introducción de alimentos complementários cualicuantitativamente adecuados, especialmente alimentos fuente de hierro y facilitadores de su absorción.


Assuntos
Humanos , Criança , Anemia , Enfermagem , Hemoglobinas , Nutrição do Lactente
5.
Rev. paul. enferm ; 26(4): [241-249], jul. 07, 2007. tab, graf
Artigo em Espanhol | LILACS | ID: lil-755344

RESUMO

Seevaluó como la selección/introducción de alimentos complementários se relacionan com las formas de reproducción social. Utilizándo se base teórica-metodológica-operacional, se estableció tres grupos sociales homogéneos-GSH. La práctica alimentar de 261 niños menores de dos años fue caracterizada considerando los grupos de alimentos. Las formas de trabajar/vivir de las famílias interfirieron em las características infantiles de salud y alimentación. Em los GSH más excluídos se observo menor proporción de niños em consultas de puericultura, mayor proporción presentaron problemas de salud, menos madres recibían informaciones sobre práctica alimentar y lo sniños consumían menos carne y más galllesta (p<0,05). Se concluyó que a pesar de la pequena asociación, no se puede desconsiderar la detreminación social em el processo de selección e introduccións de alimentos em la dieta del niño.


Estudou-se como a seleção e a introdução de alimentos complementares se relacionam com as formas de reprodução social. Utilizando base teórico-metodológica-operacional estabeleceram-se três grupos sociais homogêneos-GSH. Prática alimentar de 261 menores de dois anos foi caracterizada considerando-se grupos de alimentos. Formas de trabalhar/viver das famílias interferiam nas características de saúde e alimentação das crianças. Nos GSHs mais excluídos menor proporção de crianças tinham consultas de puericultura, maior proporção problemas de saúde, mães recebiam menos informações sobare prática alimentar e as crianças consumiam menos carne de vaca e mais biscoitos (p<0,05). Apesar da pequena associação, não há como se desconsiderar a determinação social no processo de seleção, introdução e uso de alimentos na dieta da criança.


This study verified how the selection and introduction of complementary food relate with the profiles o9f social groups-HSG were defined. The child feeding practices of 261 children under two years old were characterized considering food groups. The work/living conditions of families interfered in the child health and nutrition conditions. Children from failies with more unsatisfactory conditions have less childcare consultation, more morbidity, fewer mothers received proper infant feeding education and children consumption less meat and more crackers (p<0,05). The authors conclude that despite the low association, social inequalities are associated with the introduction and infant feeding practices.


Assuntos
Humanos , Criança , Ingestão de Alimentos , Criança , Enfermagem , Grupos Populacionais
6.
Rev. nutr ; 20(2): 149-157, mar.-abr. 2007. tab
Artigo em Português | LILACS | ID: lil-452100

RESUMO

OBJETIVO: Avaliar a relação entre aleitamento materno e níveis de hemoglobina em crianças menores de 2 anos residentes na cidade de Itupeva, SP, Brasil. MÉTODOS: Estudo transversal de base populacional, realizado em amostra representativa de 254 crianças menores de 2 anos, selecionadas aleatoriamente na área urbana de Itupeva, SP, por procedimento de amostragem por conglomerados em 3 etapas. O aleitamento materno foi classificado utilizando-se as recomendações da Organização Mundial da Saúde e a hemoglobina foi determinada em hemoglobinômetro portátil (HemoCue). Para o diagnóstico, utilizou-se o ponto de corte de 11,0g/dL. RESULTADOS: A prevalência de anemia foi de 41,7 por cento. Anemia foi mais freqüente entre os menores de 6 meses que não se encontravam em aleitamento materno (p<0,05). As médias de hemoglobina das crianças em aleitamento materno também se mostraram significantemente mais elevadas entre os menores de 6 meses (p<0,05). Nessa mesma faixa etária, a média de hemoglobina das crianças em aleitamento materno exclusivo e predominante foi significantemente maior do que a observada nas crianças em alimentação artificial (12,30g/dL versus 10,99g/dL; p=0,022). CONCLUSÃO: Os resultados encontrados sugeriram que a substituição parcial ou total do leite materno antes dos seis meses de idade associa-se com diminuição dos níveis médios de hemoglobina. A alta prevalência de anemia e o baixo percentual de crianças em aleitamento materno exclusivo chamam atenção para a necessidade do controle dessa deficiência nutricional no município e para a promoção do aleitamento materno exclusivo até os seis meses.


OBJECTIVE: The objective of this study is to assess the relationship between breastfeeding and hemoglobin concentration in children under 2 years of age in Itupeva City, SP, Brazil. METHODS: This cross-sectional population-based study was carried out in a representative sample of 254 children under 2 years of age randomly selected in the urban area of Itupeva, SP. The sampling process was done in three stages. The recommendations made by the World Health Organization were used to classify breastfeeding. Hemoglobin concentration was measured by the cyanmethemoglobin method, using the HemoCue system and anemia was defined when hemoglobin concentration was below 11.0g/dL. RESULTS: The prevalence of anemia was 41.7 percent. Anemia was more frequent among children who were weaned before 6 months (p<0.05). The mean hemoglobin levels of breastfed children were significantly higher among children under 6 months (p<0.05). Children who were exclusively or predominantly breastfed in the first six months of life had higher mean hemoglobin levels than the remaining children (12.3g/dL versus 10.99g/dL; p=0.022). CONCLUSIONS: The results suggest that partial or total substitution of breast milk before six months of age was associated with lower mean hemoglobin levels. The high frequency of anemia and the low percentage of children who were exclusively breastfed indicate that programs are needed to control nutritional anemia in this city and to promote exclusive breastfeeding in the first six months.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Aleitamento Materno , Anemias Nutricionais/diagnóstico , Fenômenos Fisiológicos da Nutrição do Lactente , Hemoglobinas
7.
Acta paul. enferm ; 17(1): 38-44, jan.-mar. 2004. tab, graf
Artigo em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: lil-452938

RESUMO

O objetivo deste estudo foi avaliar a utilidade da palidez palmar na detecção da anemia em crianças, conforme preconizado pela estratégia de Atenção Integrada às Doenças Prevalentes na Infância. Foram estudadas 242 crianças menores de dois anos, residentes em um município do estado de São Paulo, Brasil, através da avaliação da palidez palmar e concentração de hemoglobina (Hb), determinada através de hemoglobinômetro portátil. A prevalência de anemia (Hb<11g/dL) foi de 42,7 por cento, com 82,4 por cento de anemia leve (Hb 9,5 a 10,9g/dL). Somente 5,4 por cento das crianças apresentaram palidez palmar. Os valores preditivos positivo e negativo, sensibilidade e especificidade foram, respectivamente de 9,8 por cento, 98 por cento, 31 por cento e 59 por cento. Os resultados mostraram que a palidez palmar não foi útil para detectar a presença de anemia na amostra estudada. A maioria das crianças apresentou anemia leve, fato que certamente dificultou sua detecção a partir do sinal clínico utilizado. Assim, para assegurar a prestação de uma assistência adequada à saúde da criança, especialmente em relação à avaliação e classificação da anemia, a dosagem rotineira da hemoglobina é recomendável.


Assuntos
Humanos , Masculino , Feminino , Lactente , Pré-Escolar , Anemia/diagnóstico , Cuidado da Criança , Palidez
8.
São Paulo; s.n; dez. 2002. 114f p.
Tese em Português | BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1036872

RESUMO

Anemia, especialmente, anemia por deficiência de ferro é o problema nutricional mais comum. A prevalência de anemia entre gestantes, lactentes e crianças com menos de 2 anos é superior a 50% nos países pobres. No Brasil a prevalência de anemia em crianças tem aumentado nas últimas três décadas, especialmente entre crianças menores de 2 anos. A anemia na infância tem sido associada com retardo no crescimento e desenvolvimento cognitivo, e com menor resistência às infecções. Quando a anemia afeta a criança nos primeiros anos de vida, seus efeitos podem ser irreversíveis, mesmo com tratamento. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de anemia em crianças com menos de 2 anos de idade e identificar fatores de risco associados com o aumento da probabilidade da criança tornar-se anêmica. Foi realizado um estudo transversal, de base populacional, em uma amostra representativa de 261 crianças, residentes na área urbana do município de Itupeva, São Paulo, Brasil. Os dados foram coletados através de entrevistas domiciliares (freqüentemente com a mãe) realizadas por enfermeiras e estudantes de enfermagem previamente treinados. Amostra de sangue capilar foi obtida por punctura digital, da ponta do dedo das crianças. A hemoglobina (Hb) foi determinada em hemoglobinômetro portátil (Hemocue). O critério da Organização Mundial de Saúde (Hb<11,0g/dL) foi utilizado para definir anemia. O peso corporal foi verificado utilizando-se balança antropométrica digital e a medida da estatura foi obtida com a utilização de antropômetro de madeira. Os dados coletados incluíram variáveis relacionadas às características familiares, maternas e infantis. ...


Assuntos
Feminino , Gravidez , Lactente , Criança , Humanos , Anemia/enfermagem , Anemia/epidemiologia , Anemia/prevenção & controle , Cuidado Pré-Natal , Prevalência , Transtornos da Nutrição Infantil/prevenção & controle , Transtornos da Nutrição do Lactente/prevenção & controle
9.
São Paulo; s.n; 2002. 114 p
Tese em Português | LILACS, BDENF - Enfermagem | ID: biblio-1373307

RESUMO

Anemia, especialmente, anemia por deficiência de ferro é o problema nutricional mais comum. A prevalência de anemia entre gestantes, lactentes e crianças com menos de 2 anos é superior a 50% nos países pobres. No Brasil a prevalência de anemia em crianças tem aumentado nas últimas três décadas, especialmente entre crianças menores de 2 anos. A anemia na infância tem sido associada com retardo no crescimento e desenvolvimento cognitivo, e com menor resistência às infecções. Quando a anemia afeta a criança nos primeiros anos de vida, seus efeitos podem ser irreversíveis, mesmo com tratamento. O objetivo deste estudo foi investigar a prevalência de anemia em crianças com menos de 2 anos de idade e identificar fatores de risco associados com o aumento da probabilidade da criança tornar-se anêmica. Foi realizado um estudo transversal, de base populacional, em uma amostra representativa de 261 crianças, residentes na área urbana do município de Itupeva, São Paulo, Brasil. Os dados foram coletados através de entrevistas domiciliares (freqüentemente com a mãe) realizadas por enfermeiras e estudantes de enfermagem previamante treinados. Amostra de sangue capilar foi obtida por punctura digital, da ponta do dedo das crianças. A hemoglobina (Hb) foi determinada em hemoglobinômetro portátil (Hemocue). O critério da Organização Mundial de Saúde (Hb < 11,0g/dl) foi utilizado para definir anemia. O peso corporal foi verificado utilizando-se balança antropométrica digital e a medida da estatura foi obtida com a utilização de antropômetro de madeira. Os dados coletados incluíram variáveis relacionadas às características familiares, maternas e infantis. A análise multivariada foi processada para identificar as variáveis associadas à anemia. A prevalência de anemia foi de 41,6%. As variáveis associadas à anemia na análise bivariada foram: propriedade do domicílio, banheiro exclusivo da família ) escolaridade da mãe, tempo de residência do chefe da família no município, número de pessoas e número de crianças menores de cinco anos na família, local de realização do pré-natal e do parto, número de consultas pré-natais, número de filhos, problema de saúde durante a gestação, idade da criança, estado nutricional e hospitalização prévia. Após a análise de regressão logística, as variáveis que permaneceram associadas com a anemia foram: propriedade do domicílio, escolaridade da mãe, tempo de residência do chefe da família no município, número de consultas pré-natais, número de filhos, problema de saúde na gestação, idade da criança e hospitalização prévia. Este estudo mostrou elevada prevalência de anemia entre as crianças residentes em Itupeva. Todos os profissionais de saúde, incluindo médicos de família e enfermeiras de saúde pública devem estar atentos para esta deficiência nutricional. Medidas de promoção e prevenção devem ser desenvolvidas durante a assistência pré-natal e na assistência à criança.


Anemia, specially iron deficiency anemia, is one of the most common nutritional problem. The prevalence of anemia among pregnant women, infants, and children under the age of two years in poor countries is over 50%. In Brazil, the prevalence of anemia among children has increased in the last three decades, especially among children under two years old. Anemia in infants and children is associated with retardation in growth and cognitive development, and with lower resistance to infection. When anemia affects children in the early years of life, it's effects may be irreversible, even with treatment. The aim of this study was to estimate the prevalence of anemia in children under two years old and to identify risk factores associated with an increased probabity of a child being anemic. A population-based cross-sectional was conducted on a representative sample of 261 children, residents in the urban area of Itupeva city, São Paulo, Brazil. The data were collected through home interviews (usually the mother) carried out by previously trained nursing and nursing students. Capillary blood sample was taken from finger tip of children. Hemoglobin (Hb) was determined using a portable hemoglobin photometer (Hemocue). World Health Organization classification for determining anemia was used (Hb<11g/dl). Body weight was checked on a digital anthropometric scale, and height was measured with a wood scale. Data include familiar, maternal and infant characteristics. The multivariate analysis was processed to identify the variables better associated to anemia. Overall, the prevalence of anemia was 41.6%. The variables associated to anemia in the bivariate were: housing property, family exclusive bathroom, mother schooling, period of family's chief resistence at the city, number of family members and number of children younger than five years in the family, pre-natal and delivery service, number of prenatal visits, number of sons , heath problem during pregnancy, and age of children, nutritional status, and previous hospitalization. After the logistic regression analysis, the variables remained associated to anemia were: housing property, mother scholling, period of family's chief residence at the city, number of family members, number of sons, health problem during pregnancy, age of children, and previous hospitalization. This study showed high prevalence of anemia among children living in Itupeva. All health professionals, including family physicians and public health nurses shoud be alert to this common nutricional deficiency. Health promotion and prevention should be developed during pre-natal care, and infant and young children care.


Assuntos
Criança , Anemia Ferropriva , Fatores de Risco , Enfermagem
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